Rafael Almeida

Filme - A Culpa é do Fidel (2006)

Gosto muito de filmes, principalmente os filmes históricos/políticos e decidi que os filmes que assisto também vão ser uma categoria nesse blog. E hoje irei fazer o primeiro post da categoria filmes.

“La faute à Fidel!”/A Culpa é do Fidel - 2006 - é um filme dirigido por Julie Gavras, filha do conhecido diretor Costa-Gavras. O filme é baseado em um romance inglês { Citation needed }, porém obviamente faz alusão a juventude da diretora.

imagem do poster

A história se passa sempre pelo ponto de vista de uma menina de 9 anos (lembrando um pouco La vita è bella/A vida é bela - 1997 - e The Boy in the Striped Pyjamas/O Menino do Pijama Listrado - 2008) e mostra de uma maneira bem humorada os problemas de relacionamento gerados pela falta de comunicação entre a menina e seus pais esquerdistas.

As primeiras cenas do filme mostram a vida de uma família rica que vive em uma casa grande. O pai, um advogado bem-sucedido, a mãe uma jornalista em início de carreira, os avós muito ricos e as duas crianças Anne e seu irmão mais novo, todos muito bonitinhos, como diria Marilena Chaui em Marilena Chaui sobre classe média, e felizes.

Os problemas de relacionamento tem inicio quando o pai, se sentindo culpado pelo assassinato de seu cunhado anti-fascista, decide agir em defesa de causas progressistas. Porem a inexperiência dos pais faz com que os discursos defendidos na rua não se reflitam em casa. Isso causa um enorme distanciamento entre os pais e menina, que não compreende os ideais dos pais e influenciada pelo ambiente que vive, acaba se tornando uma pequena reacionária.

Não pretendo fazer spoiler do filme, por isso irei parar por aqui, mas esse filme me fez pensar mais ainda sobre a educação que quero dar aos meus filhos. Como lidar com toda a influência externa que certamente vão sofrer, sem podá-los de ter uma opinião divergente da minha, mas ao mesmo tempo tentando transmitir meus ideais? Como lidar quando meus filhos me perguntarem sobre Deus? E como demonstrar que a colaboração é melhor do que a competição, quando diariamente se escuta “temos que matar um leão por dia”?

Infelizmente não tenho a resposta para as perguntas, mas com certeza dormirei pensando.

Ahh e a atuação da pequena Nina Kervel-Bey é um show a parte!!!